terça-feira, 5 de agosto de 2014

O rio em mim - II



Te fiz pequeno porque gosto assim,
te fiz pequeno pra caber em mim.
Tu és poema, vou te revelar.
Eu era rio, mas viramos mar...
Falei de amor e do bem que ele faz,
mas falei pouco, não cabia mais.
Quis escrever em poucas linhas, seis.
E acabei omitindo mais de mês...
Faltou o céu, o vento e o perfume.
Também o abraço, o espaço e até o ciúme.
Mas tu, poema, meu filho mais novo,
tu és eterno no caderno ou na voz do povo.

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