sábado, 14 de março de 2015
Meus pedidos
Não me ame de volta,
não queira que eu volte,
não me abrace forte
quando eu viajar.
Não sinta saudade,
não ligue, não chore,
fique incomunicável
até meu regressar.
Não me beije docemente.
Se eu morrer, não lamente
a falta que lhe farei.
Apague todas as fotos,
dê ou queime, não me importo
as roupas que eu lhe dei.
Não perca seu tempo precioso
com aquele vício perigoso
de todos meus poemas ler.
E acima de tudo, amor,
não acredite em nada
que eu acabei de dizer.
sexta-feira, 6 de março de 2015
SORORIDADE
Sair de casa como eu quiser.
De saia curta, sair a pé.
Sair é meu sonho,
sonhar é minha saída,
mas vem o medo, que me limita a vida.
Surge uma palavra: SORORIDADE
e meu sonho se aproxima
de virar realidade.
Venham, irmãs,
juntas a gente anda,
sai na rua, canta, vive
e livre dança ciranda!
segunda-feira, 2 de março de 2015
Arte é pra quem?
A arte é pra quem?
A arte é pra quem quer ver.
Faz parte se parte de quem for,
de quem fizer, e veja quem quiser.
Sua arte, burguês, fica pendurada em casa,
tudo bem, eu respeito, também tenho a minha,
feita num papel, desenhada com tremor,
pintada bem simplesinha, com lápis de cor.
Mas a arte da rua, vocês vêem, vêm e apagam,
e matam nossa arte, nossa expressão.
Matam nossa poesia. E se queremos levar pra rua,
é culpa nossa, de sermos da boemia...
É lambe, piche, grafite, não importa.
Nossa arte, mesmo apagada, é mais vívida, vida e vivida que a sua,
sua arte morta.
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